sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Fuga[z]


Queria te querer sem pensar em te perder
Ainda que meu querer não signifique ter
Porque não quero uma paixão que aprisiona
Também não quero me enredar numa prisão
Mas teu corpo me apetece
Teus trejeitos me enlouquecem
E por mais que eu me esforce em  ocultar
Talvez haja maior obviedade do que quero
Nas entrelinhas de cada tentativa de negar
Não sei como me interpretas
Aliás, nem sei se tentas
Mas não sabes que o silêncio
Não é bem afastamento
Visitar outros olhares
Não me traz satisfação 
Seu perfume se distingue
No meio da multidão
As palavras são um sim
Mas o tempo é um não
Pra mim.
Outros rostos, outros ares
Outros gestos, outros mares
Não tem graça desbravar
Não têm o mesmo mistério
Que encontrei no teu olhar.
Até tentei escapar
Mas caí na armadilha
Num descuido, num deslize,
Numa falta de atenção.
O pensamento é um sim
Mas a distância é um não
Pra mim.
O querer é um sim
Mas a circunstância é um não
Enfim.

3 comentários:

Anônimo disse...

Pelo amor fazemos coisas que ninguém nota, que ninguem entende. Por que pra ver sentido no que se faz por amor, só amando também.
Como é bom, compartilhar um caminho, mesmo que seja só um trechinho, antes de duas curvas aparecerem, e cada um seguir a que lhe cabe.
Sim e não, são dois humores diferentes de um mesmo e incondicional acontecer. São sem dúvida, amigos inseparáveis.



P.S. A sua gentileza e franqueza, me fazem sentir mais nobre.
Um beijo grande que chega!

camyli alessandra da silva disse...

por amor fazemos coisas inesplicaveis ...

Rafael Rosa disse...

Deixe-me dizer: simplesmente genial. As pessoas dizem essas coisas, sempre.

Não com este encanto.

=)
Abração Mari.