terça-feira, 31 de agosto de 2010

Renúncia e Despedida


Foi um desencontro
De informações
Falha na comunicação
Erro de interpretação
Foi um querer inventado
Muito bem encenado
Que foi desmascarado
E ficou no passado
-O fim: dito e aclamado.
Era apenas gentileza
Sem nenhuma certeza
E faltou destreza
Para decifrar
Foi um mal entendido
Hoje esclarecido
Quer ser esquecido
Precisa passar
Parecia real
Mas era banal
Parecia verdadeiro
Mas foi passageiro
E foi somente aparência
Faltou essência
Perdi a paciência
E foi fatal:
Após as vírgulas,
reticências,
e interrogações,
Os pingos nos 'is' ...
e ponto final.

Música: Outono em Porto Alegre- Engenheiros do Hawaii

3 comentários:

Anônimo disse...

Que degustante cadencia de versos.
Na complexa vida humana, até os erros são certos, quando nos movem a aprender.

Nós somos efêmeros, efêmeros são nossos sentimentos.

mas o amor, o verdadeiro amor, aquele que não precisa nem de um objeto que receba esse amor, pois ele écompleto em si mesmo, este é eterno, tão eterno quanto o infinito agora em que vivemos. Não aquele amor apego, mas uma filosofia de vida. Este é tão eterno quanto o infinito agora em que vivemos.
A este, precisamos alcançar.
Este, será sempre um parágrafo, Seguido de exclamação.
.!

Um enorme abraço cheio de afeto!

Jaime Guimarães disse...

Oi, Mari.

Sabe, em certas situações a pior coisa que pode acontecer é a reticência. A interrogação ao menos não encerra, pode motivar uma nova resposta, um recomeço.

Já a reticência...

Sim, é isso: fica algo no ar e ninguém sabe bem ao certo o que é. E não há perguntas, exclamações, vírgulas, ponto e vírgula. Quando chega à reticência provavelmente a próxima linha encontrará um ponto final.

Neste caso, querida, terminou uma página. Vire-a e encontrará uma novinha, para escrever novas histórias.

E desta vez, quem sabe, com essência, exclamações e interjeições felizes!

Bj!

Luzia Medeiros disse...

Ve-la em versos é muito legal! E olha, acompanhei o abrir desses olhos de perto, mesmo estando longe! Admiro o bater dos seus cilios e o olhar que se abre agora, quando depois do ponto final se abre um novo título, e os dois pontos esperam por um outro enredo, novinho em folha, e de quebra sem os defeitos do anterior.
Vida que segue, poesia sem fim, de altos e baixos, de sims e de nãos, e uma pitada de razão. É a fórmula!

Bjs!